A marca Xbox está em disputa pela possibilidade de agregar a Activision Blizzard ao serviço por assinatura
Muito tem sido falado sobre a aquisição da Activision Blizzard por parte da Microsoft. Como um membro em potencial dos estúdios do Xbox, jogos como Call of Duty, Crash, Tony Hawk e outras IP’s, podem acabar se tornando exclusivos do Xbox. E portanto, marcados como títulos first-party do Xbox, é presumível que tudo será agregado ao Xbox Game Pass com o passar do tempo.
No entanto, quem acha que a aquisição da Activision Blizzard diz respeito aos direitos por exclusividade, se engana. Na verdade, a grande batalha travada pela marca Xbox contra a SIE/PlayStation, diz respeito ao potencial do serviço por assinatura. E isso porque, como a própria Microsoft menciona em um documento de resposta para a Sony, a exclusividade de algo como Call of Duty não seria rentável.
Disponível através do CADE (por via pública), o documento de resposta cita que a implementação da exclusividade não significa obtenção de maior receita derivada do ecossistema Xbox.
Na página 24 do documento, lê-se o seguinte:
“Tais custos, somados às vendas perdidas estimadas no parágrafo 61 acima, significam que a Microsoft não seria capaz de compensar as perdas obtendo maiores receitas no ecossistema do Xbox como resultado da implementação da exclusividade.”
Portanto, não se trata de limitar Call of Duty ao Xbox, mas sim, oferecer uma distribuição em maior escala com o Xbox Game Pass. Sendo assim, a disputa real deriva de um embate entre o modelo de negócios tradicional (comprar os jogos, neste caso) e o novo modelo por assinatura, onde o valor final do jogo é diluído pelo custo menor de uma assinatura mensal ou anual.
De qualquer forma, certamente a disputa se estenderá ao longo dos próximos meses. Há de se considerar que vários órgãos de regulamentação ainda estão analisando a proposta de compra.
Fonte: CADE (documento oficial de resposta da Microsoft)
Em conclusão, o que você achou desta notícia? Comente abaixo e compartilhe conosco sua opinião!